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O Parque de São João da Ponte situado no extremo sul da Avenida da Liberdade foi totalmente renovado entre 2010/2011, com a recriação de uma zona de recreio e lazer inserida numa área urbana. O projeto de arquitetura da autoria dos Arquitetos Sérgio Borges e Miguel Castro e arquitetura paisagista do arquiteto Carlos Arantes foi premiada com o prémio IHRU de 2011, galardão de nível nacional para Espaços Públicos.
O parque está totalmente arborizado e compõe-se por uma parte interior e outra parte exterior, divididas por um muro e gradeamento de ferro provenientes do antigo Jardim Público, projetado em 1854 na Avenida Central e desmantelado em 1913.
A parte interior caracteriza-se com uma densa vegetação, com jardins e um grande lago artificial. A parte exterior, a mais antiga, está associada às festividades de São João e cresceu à volta da Capela de São João. Neste espaço podemos encontrar diversos elementos escultóricos oriundos de alguns monumentos de Braga hoje demolidos, como o Convento e Igreja dos Remédios e o Mercado Municipal. Percorrendo o recinto podemos encontrar as pedras que pertenceram ao Convento dos Remédios, e aqui colocadas, servindo hoje de bancos e mesas. As colunas e os pináculos foram aproveitados para embelezar o parque. A coluna que serviu de suporte do Senhor da Saúde, que D. Diogo de Sousa mandou colocar perto da Sé, assim como a imagem do Senhor da Saúde, em pedra colorida colocadas no altar da Capela de São João da Ponte. A escultura, popularmente, conhecida pelo DIABO MANQUINHO que pertencia ao Paço D. José de Bragança e parece representar um bobo, vários capitéis, coríntios e barrocos, que estariam adossados a paredes e servem de ornamento para a elevação onde se encontra o bobo e outros espalhados. Quatro esculturas toscas que pertenciam à fachada da demolida igreja dos Remédios que representam as imagens de SÃO FRANCISCO, a RAINHA SANTA ISABEL DE PORTUGAL, a RAINHA SANTA ISABEL DA HUNGRIA e uma outra escultura que parece ser SANTA MARTA ou SANTA MARIA MADALENA. Um cruzeiro mandado erguer pela Câmara, em memória do hospital para empestados que D. Frei Bartolomeu dos Mártires, na Devesa da Ponte mandou edificar, conforme se lê na inscrição: “SENDO ARCEPO DE BRAGA DO. E. BERTOI,A MEV DOS MÁRTIRES OVVE PESTE NESTA CIDADE O ANO DE 1570 E OS EMPESTADOS FORAM TRAZIDOS A ESTA DEVEZA”. Uma piscina romana, feita nos primeiros anos da república. O portão gradeado, que pertenceu ao antigo Jardim Público. O arco em pedra, que pertencia ao antigo Mercado do Peixe de Braga.