MERELIM (S.PAIO)
O primeiro documento sobre Merelim data de 1082 e diz "In Ripe Kataro in Villa Merlin". No censual (do Couto) de Braga lê-se que em 1082 Pedro Galindes vende ao Bispo D. Pedro parte do que possui em Merlin. O vendedor recebeu os seus bens herdados de Galindes Gonçalves. Este herdara dos seus avós. Assim pode-se concluir que mesmo antes de 1082 a «Villa de Merlin» já existia (…) Diz a lenda que Merlin era um cavaleiro importante homem que se distinguiu pelo seu valor, tanto guerreiro como em cavalheirismo e que foi companheiro do Rei Artur de Bretanha. Assim o dito Senhor batizou esta Terra com o seu próprio nome. Foi no século X que lentamente se começaram a formar as Freguesias no Norte de Portugal. Assim, é apenas em 1220 que aparece a designação de São Paio de Merelim.
Marco importante na Freguesia que relembra o domínio Romano é uma estrada, hoje transformada em pedaços de caminho, denominado "Estrada Real N.º 27" e que ligava Braga a Santiago de Compostela, em Espanha. A primeira ermida em Merlin data do ano de 500 d. C. que após várias remodelações ao longo dos anos terminou na atual construída em 1712. A primeira escola data de 1878, era particular e foi mandada construir pelo benemérito José António Fernandes Braga. Em 1968 foi construída nova escola, tendo o anterior edifício sido aproveitado pelos Órgãos Autárquicos para lá instalar a sede da Junta de Freguesia.
PANOIAS
Panoias foi uma freguesia portuguesa do concelho de Braga, com 1,33 km² de área e 1 663 habitantes (2011). Densidade: 1 250,4 hab/km².
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Merelim São Paio e Parada de Tibães, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Merelim São Paio, Panóias e Parada de Tibães, com sede em São Paio de Merelim.
Panoias é atravessada por uma ribeira, denominada de ribeira de Panoias, que foi desviada pelos jesuítas em fins do século XVI e princípios do século XVII.
A freguesia também tinha uma espécie de Câmara Municipal, que se localizava no lugar de Sobrado, com o papel de administrar as freguesias do Concelho de Braga.
Panoias e outras freguesias pertenciam ao couto de Tibães, tendo sido uma freguesia importantíssima no Couto de Tibães no século XVI, devido à forte atividade agricultura.
Esta contava com moinhos junto ao rio e azenhas para produzir o azeite, a farinha e mesmo acionamento de um engenho de serra. As terras eram férteis uma vez que tinham o rio perto, para se poder irrigar os campos.
PARADA DE TIBÃES
A quatro quilómetros da sede do concelho, Parada de Tibães situa-se na sua parte noroeste.
Confina com Panóias, Mire de Tibães, Padim da Graça, Cabreiros, Semelhe e Frossos. Em termos históricos, a antiga freguesia de S. Paio de Parada era uma vigararia da apresentação de uma colegiada da Sé de Braga, no couto de Tibães. Chegou a estar anexa à freguesia de Semelhe, mas acabou por conseguir a independência administrativa na segunda metade do século XIX.
O nome da freguesia, se por um lado pode ser explicada pela sua presença em relação a Tibães, em relação a Parada terá uma explicação histórica. Antigamente, existia em Portugal o foro da parada. Através deste, os vassalos, enfiteutas ou colonos, e mesmo os párocos rurais e mosteiros, eram obrigados a preparar refeição e aposentadoria para os seus respetivos senhores (e bispos, tratando-se de mosteiros) e sua comitiva sempre que eles se deslocavam à povoação.