TIBÃES A «VILLA TEUDILANES»
Tibães, freguesia do concelho de Braga, é uma terra antiga, rica de gente, de património material e imaterial, que ao longo dos tempos lhe conferiu diversidade e motivos de atratividade por ser uma freguesia com vocação turística, tudo por causa do seu mosteiro, um museu da arte barroca em Braga (igreja, claustros, sala do capítulo, jardins, cerca monástica, lago, capelas, fontes, escadórios). Todo este conjunto edificado é um festim para os sentidos e uma partitura barroca onde coexiste a cor, luz, movimento, proporção, harmonia, provocando emoções de meditação, exaltação e arrebatamento.
A sua história começa muito cedo, antes, ainda, da fundação da nacionalidade. Segundo a tradição historiográfica, Mire de Tibães (fruto da anexação in perpetuum de Santa Maria de Mire com São Martinho de Tibães), terra de ocupação milenar, foi fundada em tempos da monarquia sueva, local onde o monarca Teodomiro costumava descansar, quando se ausentava dos bulícios da corte bracarense, dando origem, no séc. VI, ao nome da freguesia, onde erigiu um pequeno ascetério, dedicado a S. Martinho turonense. Também o topónimo Tibães mergulha raízes na pré-nacionalidade, de filiação germânica e do período suevo.
A afabilidade das pessoas, com grande capacidade de acolhimento, anda de mão dada com a sua postura simples e coração enorme. A qualquer pergunta sobre o património da freguesia as pessoas desdobram-se em explicações, prontamente disponibilizadas, ora com mais ou menos certeza. É um daqueles locais que parecem estar escondidos com o único propósito de serem descobertos.