A igreja de S. Miguel de Gualtar insere-se nos abundantes testemunhos de arquitetura românica — embora sistematicamente parcelares ou muito adulterados — presente na bacia do Cávado. A igreja é um templo românico, mutilado por consecutivas reformas ao longo dos séculos. Conserva da primitiva traça a fachada norte e o corpo principal, com um notável portal de arquivolta única, com quatro faixas de ornatos geométricos (besantes, bilhetes e goivadas). Decora o tímpano uma cruz equilátera rodeada de fitas sinuosas, formando labirinto, e outras peroladas, que sugerem cabeças de animais estilizados. Nas paredes da capela-mor subsistem pinturas a fresco.
A freguesia de Gualtar compreende os lugares de Arcela, Bairro Henriqueta, Barreiro, Barros, Bela Vista, Bouça, Crespa, Estrada Nova, Estrada Velha, Igreja, Lage, Monte de Baixo, Mourisca e Vergadela. O lugar de Estrada Velha, está relacionado com a “Geira”, uma das antigas vias romanas que ligavam Braga a Astorga: passava pela serra do Geres, onde se encontraram alguns trechos do seu leito e, especialmente, marcos miliários, grande parte dos quais foram mandados recolher pelo arcebispo D. Diogo de Sousa a Braga, onde ainda hoje se conservam.
O artesanato em Gualtar é caracterizado especialmente por rendas e bordados, restauração de móveis antigos.
O Santo Padroeiro de Gualtar é S. Miguel sendo venerado no dia 29 de Setembro.