Ricardo Rio defende que a Região do Minho é o motor do desenvolvimento do País e uma referência não apenas nacional, mas também internacional. Durante a abertura da conferência sobre 'O Futuro do Minho', que decorreu esta Sexta-feira, 4 de Novembro, no Museu dos Biscainhos, o presidente da Câmara Municipal de Braga referiu que actualmente o Minho é o “principal exemplo de transformação na resposta aos principais desafios que Portugal tem vindo a enfrentar”.
Perante uma plateia composta por alguns dos agentes mais relevantes da região Minhota, desde autarcas a empresários, passando por diversos protagonistas da Euro-Região do Norte de Portugal e Galiza, Ricardo Rio considerou que o Minho tem de se assumir cada vez mais como um pólo central na estratégia de desenvolvimento deste território. Para o efeito, o Minho “conta com a predisposição política dos responsáveis municipais para trabalharem em conjunto numa diversidade de projectos que têm ajudado a acelerar o processo de transformação de toda a região”.
Segundo o Autarca, “além da capacidade empreendedora de várias empresas e cidadãos, com características únicas a nível nacional, e que têm atraído alguns investimentos que marcam a diferença no posicionamento do território”, existem outros pontos essenciais que contribuem para que o Minho tenha um conjunto de factores competitivos e diferenciadores que merecem ser acautelados no futuro.
Uma delas prende-se com “a concertação estratégica, fruto de uma intensa relação entre todos os agentes locais, e que merece a criação - mesmo que informal -, de uma plataforma de colaboração regular”.
O segundo factor apontado por Ricardo Rio prende-se com a “reivindicação de infra-estruturas”. Como explicou o Edil, ”todos os projectos que marcam a capacidade do potencial transformador do desenvolvimento do território, têm vindo a ser defendidos e reivindicados de forma unânime” entre os diferentes agentes. “Saber se há ou não ligações aéreas para o aeroporto do Porto, se há ‘SCUTs’ nas nossas auto-estradas, se estão a ser feitos os investimentos desejados na ferrovia, na ligação ao porto de Viana, ou nas acessibilidades ao Parque das Taipas, são questões que dizem respeito a todos e não apenas ao Autarca de determinado Concelho”, salientou Ricardo Rio.
Para o também presidente do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, o Turismo é um sector que merece “especial atenção” por parte de todos os agentes, uma vez que “nem sempre os organismos nacionais e regionais têm olhado de forma criteriosa para o potencial turístico da região do Minho”. Para Ricardo Rio, sem prejuízo da complementaridade que tem de existir entre os diferentes territórios, “é necessário perceber a oferta absolutamente heterogénea” que o Minho possui. “Desde turismo religioso, de praia, rural, de montanha ou patrimonial e histórico, o Minho tem, num curto espaço do território, marcas fundamentais para que no futuro possamos atrair cada vez mais visitantes e reforçar o potencial económico deste sector turístico.
Finalmente, a “abertura ao mundo e a integração noutros espaços de colaboração” é outro factor que o Autarca considera fundamental para potenciar todo o desenvolvimento futuro. “O Minho percebeu que não se pode fechar ao mundo e a tudo o que se vai passando á sua volta. Essa percepção é determinante para o nosso futuro. Hoje, a Capital do Minho está a 40 minutos de Vila Real, a uma hora de Vigo, ou a 30 minutos do aeroporto do Porto e isso faz com que tenhamos um geoposicionamento estratégico e privilegiado para nos relacionarmos com todos os territórios à nossa volta e este é um dado que não pode ser descurado”, concluiu Ricardo Rio.
Município de Braga, 4 de Novembro de 2016