Braga passou hoje, dia 28 de dezembro, o testemunho de Capital Portuguesa da Cultura a Ponta Delgada. A Cerimónia de Encerramento da Braga 25, que teve lugar no Theatro Circo, assinalou o final oficial de um ano marcante para a vida cultural da cidade.
João Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que a cultura continuará a ser uma prioridade política no Concelho. “A cultura é uma forma de governar melhor, de criar comunidade e de formar cidadãos mais livres, críticos e participativos. Braga chega ao fim deste ano mais confiante, mais aberta e mais exigente, e uma cidade que vive um ano assim não pode voltar ao normal como se nada tivesse acontecido. O legado da Braga 25 continua, circula e inspira”, afirmou.
Na passagem do testemunho a Ponta Delgada, João Rodrigues salientou ainda o significado simbólico do momento. “Não entregamos apenas um título, entregamos uma ideia: a de que a cultura pode ser motor de coesão, criação e futuro em todo o território”.
Já a Ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, destacou que a iniciativa Capital Portuguesa da Cultura tem como principal objetivo “criar um legado que vá muito além do ano do título”, sublinhando que, no caso de Braga, “é absolutamente seguro que esse legado vai perdurar ao longo dos anos”. “O programa permitiu alavancar a cultura em Braga, deixou raízes e vai continuar a dar frutos”, referiu.
Por fim, a Comissária de Ponta Delgada 2026, Kátia Guerreiro, destacou a relação próxima mantida com a equipa de ambas as cidades. “Temos trabalhado em estreita articulação com a Braga 25 e assumimos agora, com grande sentido de responsabilidade, este novo ciclo”.
Este foi também um momento para um balanço, ainda parcial, da Braga 25. Até ao final de outubro de 2025, o programa integrou cerca de 1.200 atividades, incluindo ações de formação, capacitação, mediação e participação. Deste universo, destacam-se 253 espetáculos e 95 exposições, que mobilizaram quase 1,5 milhões de espetadores, números que não incluem grandes eventos de espaço público como o Programa de Abertura, a Braga Romana ou a Noite Branca.
Ao longo deste percurso estiveram envolvidos cerca de 1.200 artistas, metade dos quais locais, a par de 19% internacionais, evidenciando simultaneamente o enraizamento no território e a abertura ao exterior.
A cerimónia integrou um espetáculo artístico que cruzou a Ent’Artes – Escola de Dança, de Braga, e o Estúdio 13, de Ponta Delgada, duas estruturas artísticas das cidades Capitais Portuguesas da Cultura, colocando em diálogo artistas das duas cidades e cruzando as ricas tradições do Minho e dos Açores.







