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Braga celebra meio ano como Capital Portuguesa da Cultura com mais de mil atividades e 728 mil espectadores

Braga celebra meio ano como Capital Portuguesa da Cultura com mais de mil atividades e 728 mil espectadores 27/06/2025

O Município de Braga apresentou esta sexta-feira, 27 de junho, os resultados dos primeiros seis meses da Capital Portuguesa da Cultura e traçou caminhos para o futuro da Cidade no setor cultural.

Nesta sessão, realizada nas Fontaínhas, a equipa de missão Braga 25 divulgou os dados relativos às atividades desenvolvidas entre janeiro e 15 de junho. Ao todo, foram realizadas 1069 atividades artísticas, entre as quais se destacam 312 espetáculos, 70 exposições, 324 ações de mediação e participação e 47 residências artísticas. Estas iniciativas mobilizaram um total de 728.656 espectadores.

Destaca-se ainda o forte caráter local da programação: 54% dos artistas envolvidos são de Braga, enquanto 30% provêm do panorama nacional e 16% do internacional. Esta dinâmica traduziu-se em 228 parcerias institucionais, das quais 153 são locais, 56 nacionais e 19 internacionais, com especial destaque para a cooperação com entidades galegas.

A sessão evidenciou também a dimensão económica da cultura em Braga. Os meses de março e abril registaram um aumento de 18% e 13% respetivamente nas dormidas, num crescimento superior à média nacional. No primeiro semestre do ano, Braga recebeu 185 mil visitantes, um crescimento de mais de 7% face a 2024.

Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que “os números apresentados resultam de uma estratégia formatada com muitos parceiros, com um sentido estratégico, que procurou identificar lacunas e criar uma dinâmica cultural que beneficiasse vários setores: educação, sustentabilidade, inclusão, integração e economia”.

Para além disso, Ricardo Rio destacou a importância da cooperação local, nacional e internacional e lembrou que esta capital da cultura “nunca foi entendida como uma meta, mas como uma etapa”. O autarca referiu ainda os investimentos estruturantes na área cultural, como a reabilitação do Convento de São Francisco, do Museu D. Diogo de Sousa, do Palácio dos Biscainhos, do Mosteiro de Tibães, e a instalação do Arquivo Municipal em Francisco Sanches.

Outro aspeto destacado foi o acesso à cultura: 575 atividades contaram com medidas de acessibilidade, incluindo 47 sessões adaptadas e 20 espetáculos com a participação de pessoas com necessidades específicas.

Programa do terceiro trimestre da Braga 25

Já a partir de julho, a Cidade abraça uma programação eclética de verão que privilegia a celebração da música ao ar livre. Regressam os festivais que celebram as várias facetas da cultura minhota: o Festival Castro-Galaico, de 10 a 12 de julho, com propostas musicais assentes na tradição popular e nas raízes castreja, celta e galaica; o Sons do Noroeste, a 23 e 25 de julho, que traz à cidade três dias de música de raiz ou com origem entre o Norte de Portugal e a Galiza; e ainda o Este Oeste, que privilegia a identidade sonora eclética de Braga, junto às margens do Rio Este.

Segue-se, no final do mês, o projeto experimental Extremo, com lugar na Falperra. Programado para o dia 26 de julho, este festival foi desenvolvido em colaboração estreita com o município de Guimarães, e privilegia a música eletrónica experimental, destacando no seu cartaz nomes como William Basinski,

Destacam-se outras escolhas artísticas que levarão a arte e a cultura até aos espaços públicos da cidade. É o caso do festival de circo contemporâneo Vaudeville Rendez-Vous, cuja programação passa pelas principais cidades do Minho — desde Braga, a Guimarães, a Barcelos e a Vila Nova de Famalicão. Também o festival de arte e arquitetura “Forma da Vizinhança” continuará a programar ativações recorrentes nos pavilhões desenhados pelos arquitetos convidados.

Para além da programação extensiva planeada para aquele que é já um marco do panorama cultural bracarense, a Noite Branca de Braga (5 a 7 de setembro) inclui alguns projetos específicos desenhados pela Braga 25. A “Arruada #3”, um projeto Clube Raiz, junta vários grupos de percussão em forma de procissão e de comunhão pela cidade, desta vez com a Orquestra de Dispositivos Eletrónicos e o grupo Outra Voz (Guimarães) em palco, para uma mescla de universos e códigos sonoros próprios.

Ainda em setembro, a Capital Portuguesa da Cultura apresenta, no âmbito do Cinex, o cineconcerto “Naquele Dia em Lisboa”, de Matthew Herbert e Daniel Blaufuks.

Os programas de mediação continuarão a ser um foco de trabalho para o próximo trimestre, com um forte programa de visitas guiadas aos vários projetos da Braga 25, promovidas pelo do Programa de Mediação e pela Destino4All, e ainda as visitas noturnas ao Theatro Circo.

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