No âmbito do programa de comemorações do centenário de Maria Ondina Braga terão lugar no próximo dia 21 de Junho, pelas 21h00, na Galeria do Paço, em Braga, a inauguração da exposição documental “Eu Vim Para Ver Terra: Maria Ondina Braga, um olhar nómada” e a apresentação do I Volume das Obras Completas de Maria Ondina Braga, editado pela Imprensa Nacional, a chancela editorial da Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
As sessões contarão com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga, do Reitor da Universidade do Minho, do presidente do Conselho de Administração da dst Group e do director de Edições e Cultura da Imprensa Nacional — Casa da Moeda, além da representação da família da escritora.
“Eu Vim Para Ver a Terra: Maria Ondina Braga, um olhar nómada”, procura mapear e dar a conhecer ao visitante o percurso singular da escritora, desde Braga, cidade natal e geografia de afetos, aos caminhos percorridos pelos quatro continentes, quer como emigrante, quer como viajante, quer como turista.
Objetos, cadernos de notas, diários de bordo, fotografias, cartas, memórias, existentes no Espaço Maria Ondina Braga (Museu Nogueira da Silva) ou cedidos pela família, convidam a viajar pelos lugares, reais ou imaginários. Textos, manuscritos e datiloscritos, traduções, abrem a porta da oficina de escrita, descobrindo ao visitante o retrato da escritora ao espelho ou sob o olhar de outros escritores.
Sem esquecer a presença de várias mulheres escritoras de todos os tempos que acompanharam Maria Ondina Braga ao longo da sua itinerância pelo mundo, sobre quem ela escreveu e a quem chamou as suas “companheiras de solidão”.
A exposição é realizada com o patrocínio da dst Group, Mecenas Exclusivo.
• Exposição documental “Eu Vim Para Ver A Terra: Maria Ondina Braga, um olhar
nómada”, patente de 21 de junho, às 21h00, a 28 de julho de 2022, na Galeria do Paço, em Braga, com curadoria de Duarte Belo.
Obras completas de Maria Ondina Braga
O I Volume das Obras Completas de Maria Ondina Braga, editado pela Imprensa Nacional, reúne o conjunto de autobiografias ficcionais (Estátua de Sal, Passagem do Cabo e Vidas Vencidas), levando ao encontro do leitor de hoje a obra de Maria Ondina Braga de há muito esgotada no mercado editorial português.
Os sete volumes que constituem as Obras Completas de Maria Ondina Braga têm coordenação de Isabel Cristina Mateus (UM-CEHUM) e Cândido Oliveira Martins (UCP-CEFH); e contam com a colaboração de estudiosos da obra da escritora de várias universidades internacionais.
Cândido Oliveira Martins é o editor responsável por este primeiro volume que permite agora ao leitor contemporâneo descobrir a escritora mais cosmopolita da literatura em língua portuguesa do século XX, um percurso multicultural único e uma voz pioneira na afirmação de uma escrita no feminino, anterior à sua polémica irrupção nas vésperas de abril.
• Apresentação do I Volume das Obras Completas de Maria Ondina Braga,
editado pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda, dia 21 de junho às 21h00.
Sobre Maria Ondina Braga
Nascida em Braga, em 1922, a escritora Maria Ondina Braga cedo se fez sozinha aos caminhos do mundo. Trabalhou em vários continentes, viajou por vários países, experienciou diversas culturas, num percurso de vida singular e notável para o seu tempo.
Embaixadora da língua portuguesa à escala global, como professora e como escritora, a sua obra é profundamente marcada pela experiência da viagem e pelo diálogo intercultural, pela memória e pelo registo etnográfico, pelo fantástico e pela preocupação ecológica, mas também pelo olhar atento à condição feminina nas diversas geografias e culturas, incluindo as escritoras de todos os tempos cujas biografias nos deixou. Razões para que a sua escrita ganhe nos dias de hoje uma acutilante e renovada atualidade.