O Município de Braga, vai atribuir um crédito na factura da Agere aos munícipes das freguesias mais afectadas pelos incêndios que assolaram o Concelho no passado fim-de-semana e que tiveram de recorrer ao abastecimento de água própria para se protegerem a si e aos seus bens.
A proposta, aprovada em sede de Reunião de Câmara, demonstra a solidariedade da empresa municipal para com as populações que se juntaram aos bombeiros no combate nas diversas frentes de incêndio, sendo que a Agere irá proceder ao crédito do consumo de água excedente e das respectivas taxas, não sendo penalizadas pelo elevado consumo de água verificado nesses dias. O referido crédito será igual ao consumo excedente à média verificada.
Como sublinhou Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, esta medida é uma forma de minimizar os custos com os consumos de água na prestação de um serviço público que evitou danos maiores no Concelho.
“Quem se teve de socorrer de meios próprios para combater os fogos não pode ser sobrecarregado com custo um adicional por essa situação, pelo que ninguém pagará mais por ter utilizado os seus serviços de distribuição para fazer face aos fogos que ocorreram em várias zonas do Concelho”, disse.
Os munícipes afectados deverão aceder ao formulário disponibilizado no site da Agere (http://www.agere.pt/web1/zp/tpl1/id1/paginas/ficha.asp?p_case=2&p_cod_elemento=163) e preencher os dados solicitados.
Ainda sobre o tema dos incêndios que afectaram o Concelho, Ricardo Rio afirmou que será efectuada uma ‘reflexão profunda sobre todas as frentes de análise que terá de ter consequências´, nomeadamente no que se refere aos meios de protecção civil, articulação com outras entidades, iniciativas preventivas no que diz respeito a situações futuras nesta matéria, acções de reflorestação desses espaços e de acompanhamento dos lesados neste processo.
“Será feito um trabalho sereno junto de todas as entidades e responsáveis no sentido de efectuar um balanço de todo este processo, que a seu tempo será tornado público. Além de ter visitado os locais afectados e de ter contacto os várias autarcas, já tenho agendadas reuniões com as várias frentes da protecção civil e gestão dos espaços florestais dentro do Município, sendo que nunca poderemos deixar de nos articular com entidades regionais e nacionais que tutelam essas matérias”, referiu, salientando que o objectivo do Município é dar todo o apoio técnico, humano e financeiro aos processos de florestação que venham a ser empreendidos e condicionar, até ao limite das possibilidades, as opções que venham a ser tomadas em matéria de novas espécies e plantar nos locais afectados para que se evitem situações de propensão para a deflagração e propagação dos fogos.
Município abre procedimento para classificação do Jardim e Fonte de Santa Bárbara como Bem de Interesse Municipal
O Executivo Municipal aprovou o procedimento de classificação como Bem Cultural de Interesse Municipal do Jardim de Santa Bárbara, incluindo a Fonte de Santa Bárbara, cuja imagem original, se encontra no claustro do Convento do Pópulo. Entendo o Município que, por razões de coerência patrimonial e também por continuidade visual, esta classificação deveria também abranger o jardim privado situado a poente, ainda que o acesso e fruição do mesmo só possam ser feitos com a devida autorização da Universidade do Minho.
Como garantiu Ricardo Rio, o Município tem a intenção expressa de poder alargar estes pedidos de classificação a outros espaços e edifícios de relevante interesse cultural e patrimonial do Concelho, seguindo uma prática iniciada de forma sustentada no mandato anterior.
Nesta reunião do Executivo Municipal foi ainda aprovada uma proposta para tornar de natureza pública todas as reuniões ordinárias do executivo que se realizam daqui para a frente. Assim, todos os munícipes podem assistir a estas Reuniões quinzenais que têm lugar às Segundas-feiras.