Foi inaugurada hoje, 13 de Janeiro, na Casa dos Crivos, em Braga, uma exposição de pintura de Luís de Campos (1913-1982) considerado o artista plásticos mais proeminente da história de Braga no século XX.
Segundo Lídia Dias, vereadora da Cultura do Município de Braga, esta exposição é uma forma de dar a conhecer a obra de Luís da Campos, cujo espólio faz parte do quotidiano da Autarquia. “Muitos destes quadros estão expostos nas paredes dos gabinetes da Câmara, pelo que esta é também uma forma de homenagear este pintor que doou a sua obra à Autarquia”, referiu Lídia Dias, notando que outro dos objectivos da exposição passa por divulgar ao público “toda a riqueza do espólio municipal”.
A exposição de Luís de Campos pode ser visitada até 12 de Fevereiro, de Terça a Sexta, das 9h30 às 18h30 e às Segundas e Sábados das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h30.
A vida e obra do pintor
Nascido em Lisboa, Luís de Campos fez de Braga a sua casa a partir da década de 1950 e daqui jamais partiu.
Apaixonado pela paisagem minhota, deixou-se encantar pela candura e espontaneidade das gentes e pela genuinidade dos lugares, onde foi aguçar o seu génio e buscar a inspiração que regeu uma parte da sua obra.
Formado na Academia de Belas Artes de Lisboa, rapidamente se integrou na comunidade Bracarense onde beneficiou da ausência de operários da sua arte. Foi muito procurado para pintar retratos individuais, tendo-se dedicado particularmente a ministrar cursos de pintura, além da realização de exposições e execução de ilustrações para monografias.
Nas Festas de São João de 1957 foi um dos responsáveis pela realização do I Salão de Escultura e Pintura, que pretendia promover os artistas independentes residentes no Minho. O edifício do Turismo foi um dos baluartes do seu labor, tendo ainda efectuado diversas iniciativas culturais com a Biblioteca Pública, Junta Distrital de Braga, Grémio do Comércio, Associação Jurídica, Museu D. Diogo de Sousa ou Sociedade Martins Sarmento.
A 30 de Abril de 1982, pressentindo o epílogo da sua vida em virtude de doença prolongada, efectiva a doação de cerca de duas centenas de telas e ilustrações da sua autoria à Câmara Municipal de Braga. Na mesma data, a edilidade deliberou agraciá-lo com a Medalha de Mérito da Cidade.
Faleceu a 22 de Setembro de 1982 na Cidade que adoptou como sua. O espólio que legou ao Município de Braga encontra-se exposto nos gabinetes da Câmara Municipal de Braga, estando outra parte em depósito no Arquivo Municipal.
Município de Braga, 13 de Janeiro de 2017