A cidade de Braga recebeu, ontem, 13 de Dezembro, no Museu D. Diogo de Sousa, a reunião da Rede Portuguesa de Cidades Interculturais (RPCI), a qual integrou no decurso do corrente ano. Este projecto está relacionado com a Rede Europeia de Cidades Interculturais, da responsabilidade do Conselho da Europa e da Comissão Europeia.
Braga pretende, a partir da Comunicação, promover a consciência para a diversidade positiva, desconstruindo/combatendo os preconceitos e a discriminação, mediando e resolvendo conflitos, promovendo a coesão e inclusão social.
A sessão de abertura oficial contou com a presença da directora do Museu D. Diogo de Sousa, Isabel Silva, André Carmo, Coordenador da Rede Portuguesa de Cidades Interculturais, e Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga.
Marcaram presença os municípios de Albufeira, Amadora, Lisboa, Santa Maria da Feira e Viseu, integrantes da RPCI, e, como observadores convidados, os municípios da Póvoa de Lanhoso e Terras de Bouro.
A confirmar que Braga valoriza o trabalho em rede, sobretudo numa área em que importa valorizar a diversidade, considerando-a como factor positivo, estiveram também presentes representantes de várias empresas do universo municipal (Bragahabit, Investbraga e TUB), Comunidade Intermunicipal do Cávado, Quadrilátero Urbano, Santa Casa da Misericórdia de Braga, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Mosteiro de Tibães, Associação Portuguesa de Deficientes - Braga, Agrupamento de Escolas Braga Oeste e Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio.
A reunião contou com uma performance, em dois actos, dos alunos da EB 2,3 de Nogueira - Braga, que integram o projecto “Quem Tem Medo?”, seguida de uma conferência proferida por Isabel Viana, da Universidade do Minho, subordinada ao tema “Regeneração Urbana - Dimensão Humana”. No período da tarde, foi realizada uma comunidade de práticas apresentadas por representantes dos municípios da Amadora, Santa Maria da Feira e Viseu que partilharam os projectos levados a cabo por si no âmbito da RPCI.
O Município de Braga apresentou o projecto “(Re)Escrever o Nosso Bairro”, no âmbito do PO Norte 2020 “Abordagens Integradas para a Inclusão Activa”. Pretende-se assim, a par da regeneração urbana projectada para os três bairros sociais “Santa Tecla”, “Enguardas” e “Picoto” desenvolver actividades e acções destinadas às populações residentes, no sentido de se apropriarem e participarem nesta reconstrução, para que se tornem (co)autores da transformação urbana. A dimensão humana é assim plasmada neste projecto acreditando que só existe desenvolvimento se houver envolvimento. De forma sustentada e para além dos limites de tempo impostos pelo financiamento do projecto foram apresentadas várias acções que incluem quer os diferentes serviços do município, as empresas municipais, juntas de freguesia, associações e instituições da cidade, que actuam em diferentes domínios do desenvolvimento humano: social, cultural, recreativo, associativo e profissional. A partir de um diagnóstico próximo, e de uma intervenção partilhada e em rede, o projecto engloba também uma campanha anti-rumores destinada ao combate de mitos e preconceitos e à inclusão dos seus habitantes, promovendo a interculturalidade e valorizando a diversidade.
Município de Braga, 14 de Dezembro de 2016
