Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, defende que as estruturas sindicais da Euro Região devem ser parte integrante na definição de políticas que promovam a coesão territorial e aumentem a competitividade.
Durante o Encontro Sectorial da Indústria da Galiza e Norte de Portugal, que decorreu esta Sexta-feira, 3 de Junho, no Bom Jesus, em Braga, o Autarca congratulou-se pelo facto da Cidade dos Arcebispos “ser tida como uma referência do ponto de vista económico, e um exemplo para outros Municípios pela forma como tem sabido envolver os agentes económicos, os centros de conhecimento e as estruturas sindicais”, lembrando que, quer a União de Sindicatos de Braga, quer a UGT, fazem parte do Conselho Económico Social de Braga, e que “têm contribuindo para o desenvolvimento das melhores políticas para a promoção económica do território”.
O também presidente do Eixo Atlântico vincou que esta associação transfronteiriça, que reúne 38 dos principais Municípios do Norte de Portugal e da Galiza, tem vindo a direccionar o seu foco não apenas na aproximação dos dois territórios, mas também a valorização económica e a criação de oportunidades de desenvolvimento cada vez mais ambiciosas.
O encontro, promovido pelo Comité Sindical Interregional Galizia-Norte de Portugal, juntou representantes sindicais, empresariais e da administração pública portugueses e galegos de quatro sectores industriais - naval, automóvel, têxtil e energia - nos quais se concentra a mobilidade transfronteiriça de trabalhadores e empresas, a fim de analisar a situação actual e perspectivas de futuro destas áreas de actividade.
Segundo Ricardo Rio, “a Euro Região necessita do envolvimento crescente das estruturas sindicais nas questões que estão directamente ligadas à dimensão económica”, por isso, o Autarca considerou “não ser compreensível que as estruturas sindicais não sejam ouvidas e não manifestem a sua opinião sobre os investimentos fundamentais para a valorização da coesão territorial”.
Em suma, Ricardo Rio sublinhou ser “absolutamente necessário reforçar a articulação entre todos os agentes”, lamentando o facto de não existir em Portugal e no Norte do país “uma estrutura politicamente legitimada para servir de interlocutor para este tipo de questões”. No entanto, o Edil sublinhou que existe muito trabalho que pode ser desenvolvido “de forma informal, no sentido de envolver todos os agentes, desde as Universidades às estruturas empresariais e sindicais, passando pelas autarquias e todas as instituições do Estado, com o objectivo de formatar políticas que possam promover a coesão territorial e reforçar os nossos factores de competitividade”, concluiu
Município de Braga, 3 de Junho de 2016