O projecto Urban Algae Folly em Braga chega ao fim este mês de Março. A primeira arquitectura viva bio-digital do mundo esteve desde Novembro do ano transacto instalada na Praça da República, resultando de uma parceria com o INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a cidade de Braga, e a Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Por cerca de cinco meses, o Algae Folly agitou a curiosidade e atenção dos transeuntes, moradores e turistas. À primeira vista, os visitantes foram confrontados com um objecto estranho que, mais tarde, motivou discussões e debates sobre a ciência e os desafios do desenvolvimento sustentável.
Para aumentar a consciencialização sobre o projecto e o seu impacto na educação, o Centro de Engenharia Biológica e o Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Universidade do Minho, juntaram-se ao projecto e apoiaram-no com a sua experiência inestimável.
O projecto terminou com a ´Semana Folly´, com aulas destinadas aos alunos das Escolas do Concelho. As actividades escolares forneceram aos jovens a oportunidade única de interagirem com o Algae Folly e terem um período de aprendizagem fora da sala de aula, enquanto os professores lhes transmitiam conhecimento relevante e acessível sobre a arquitectura.
Olhando através do microscópio, os alunos observaram a algae Chlorella vulgaris, os habitantes misteriosos da estrutura que permanecem invisíveis à vista humana desarmada. O projecto lançou luz sobre os usos potenciais de integração de culturas de microalgas em arquitectura para tirar proveito das suas duas funções biológicas principais: a produção de oxigénio e a captação de energia a partir da luz solar.
Segundo Ricardo Rio presidente da Câmara Municipal de Braga, é essencial aproximar os cidadãos à ciência, em especial os mais novos. “O Folly é um foco de disseminação da ciência e foi extremamente interessante a forma como esta estrutura viva bio-digital foi potenciada ao máximo pela Cidade”, afirmou.
Já Lars Montelius, director do INL, mostra-se extremamente satisfeitos por ter permitindo aos habitantes de Braga e aos visitantes a possibilidade de interagirem com a Ciência e com a nanotecnologia. O director-geral do INL também destacou a importância da excelente colaboração entre o INL, a Autarquia, a Universidade do Minho e a Fundação Francisco Manuel dos Santos para o sucesso da iniciativa.