O Salão Nobre da Câmara Municipal de Braga foi hoje, dia 7 de Março, palco da cerimónia de apresentação da Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016. O título de Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016, que terá por tema ‘Do Douro ao Atlântico’, será partilhado pelas cidades de Matosinhos e Vila Real.
A Capital da Cultura do Eixo Atlântico decorre a cada dois anos, tendo sido criada em 2007 com o objectivo de potenciar as expressões culturais das cidades do Norte de Portugal e da Galiza, consolidar os valores comuns e promover os artistas portugueses e galegos das mais diversas áreas. Esta é a primeira vez que duas cidades partilham o título. Vila Nova de Gaia foi Capital da Cultura do Eixo Atlântico em 2009, Viana do Castelo em 2011 e Ourense em 2014.
Segundo Ricardo Rio, presidente do Eixo Atlântico, a Capital da Cultura é uma forma de estreitar os laços entre as populações dos dois lados da fronteira, reforçando a identidade comum e as tradições da euro-região e potenciado o talento que a mesma contém.
“Este ano vem enriquecer ainda mais a iniciativa com um duplo polo de acolhimento da Capital. Matosinhos e Vila Real vão potenciar os recursos existentes e avançar com projectos de novas valências culturais, corporizando a riqueza que toda a euro-região tem e que queremos que continue a servir como forma de dinamização económica, atractividade turística e reforço da identidade”, garantiu.
Para o Autarca, estão reunidas as condições para que esta Capital seja um sucesso. “É de realçar o espírito de partilha e de complementaridade que existe entre as duas Cidades. Convido todos os habitantes da euro-região a desfrutarem da Capital e do esforço de dinamização cultural que será efectuado. Acreditamos que a cultura é uma forma uma forma extraordinária de unir o território e as populações, motivo pelo qual o eixo Atlântico tem feito uma aposta consistente nesta área ao longo dos anos”, referiu Ricardo Rio.
De acordo com Guilherme Pinto, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, a Capital é uma oportunidade para efectuar uma transformação no casco urbano da Cidade, com introdução no território de mais-valias de caracter cultural para marcar o momento. “Iremos construir novas praças para que os cidadãos tenham espaços onde se possam reunir e para que Matosinhos se possa transformar e ter elementos de cidadania", disse, adiantando ainda que serão igualmente inaugurados equipamentos culturais que irão perdurar no tempo muito para além da Capital.
Já Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, sublinhou que a Capital da Cultura vai apresentar ciclos temáticos nas diferentes áreas artísticas, sendo que todos têm a particularidade de apresentar artistas portugueses e galegos. Para além destes ciclos, Vila Real aposta também no teatro, com especial destaque para as companhias galegas e para temas que cruzam os dois territórios, cinema e fotografia, assim como na dinâmica entre as várias associações e agentes culturais do território.
“Durante seis meses as ruas de Vila Real, as instituições, os palcos mais prováveis e também os mais improváveis, vão ser um espaço onde artistas consagrados e artistas emergentes de diferentes áreas, incluindo protagonistas locais, vão cruzar os dias e desafiar os vila-realenses e todos os visitantes a fazer um brinde à cultura”, disse.
As cerimónias de inauguração decorrem dia 5 de Maio, em Vila Real, e dia 6 de Maio, em Matosinhos. O encerramento está previso para o mês de Outubro.