No do Alto das Cortiças, em Santa Marta, os devotos voltaram este ano a participar numa das mais históricas e emblemáticas romarias do Minho: a Santa Marta das Cortiças.
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, acompanhado pela vice-presidente, Sameiro Araújo, cumpriu também a tradição e marcou presença neste momento carregado de simbologia e tradição para os Bracarenses. O momento de confraternização, organizado pela Junta de Freguesia de Esporões, contou ainda com os administradores das diversas empresas municipais.
Recorde-se que o Município de Braga está a desenvolver um projeto integrado de valorização, musealização e adequação à visita da Estação Arqueológica da Santa Marta das Cortiças.
Este trabalho contempla a remoção de remoção de vegetação inerte que cobre as ruinas arqueológicas, a implementação de soluções de conservação dos achados “ao ar livre”, a execução de circuitos de visita, assim como o arranjo paisagístico da área envolvente e o estudo arquitetónico para a criação de um Centro de Interpretação.
A segunda fase inclui a execução do Centro de Interpretação onde ficará instalada uma exposição monográfica apoiada por conteúdos multimédia em auditório virtual.
Com este trabalho, Braga passará a dispor de uma ampla área patrimonial musealizada e aberta ao público que se afirmará como um equipamento de grande valor histórico e cultural. Será um espaço verdadeiramente emblemático das origens e evolução da ocupação humana no território Bracarense, reforçando deste modo a singularidade cultural e atratividade turística.
Uma das primeiras escavações arqueológicas de 1955 que foram realizadas na Santa Marta das Cortiças deu a saber que, naquele local, existem elementos que vão desde a Pré-história à Idade do Ferro ou à cultura Castreja. No subsolo existe também um dos poucos testemunhos de uma Basílica Suévica do tempo em que Braga era a capital da Galécia, uma região que vai desde Finisterra, no Norte da Galiza, até ao Douro.
