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Lara Méndez, primeira mulher presidente do Eixo Atlântico

Lara Méndez, primeira mulher presidente do Eixo Atlântico 23/02/2022

Lara Méndez, alcaldesa de Lugo, foi eleita presidente do Eixo Atlântico na Assembleia-geral realizada esta Quarta-feira, 23 de fevereiro, em Santiago de Compostela no 30º aniversário da entidade, sucedendo a Ricardo Rio no cargo.

A Assembleia-geral aprovou o programa para 2022 centrado em cinco eixos prioritários: coesão social; sustentabilidade urbana; inovação; desenvolvimento económico; internacionalização. Os representantes dos 39 municípios que integram o Eixo Atlântico aprovaram também um orçamento de mais de 4 milhões e meio de euros.

A Assembleia, a primeira presencial após o início da pandemia, realizou-se em Santiago de Compostela como reconhecimento ao Caminho de Santiago e ao setor turístico, um dos mais castigados pela pandemia e que vai ter um papel importante na recuperação económica. 

Na Assembleia aprovou-se o relatório de gestão política do até então presidente e Autarca de Braga, Ricardo Rio, reconhecendo-se o trabalho extraordinário realizado nas condições mais difíceis nos 30 anos de vida do Eixo Atlântico, já que teve que gerir os dois anos de pandemia e a consequente paralisação de atividades.

Apesar disto, durante a sua presidência desenvolveram-se ações altamente inovadoras a nível europeu como a conferência de Presidentes e especialistas de renome, realizada em Pontevedra. Nessa reunião aprovaram-se modelos e estratégias para gerir as consequências geradas ao nível económico e social das cidades após a pandemia.

Foi também durante a presidência de Ricardo Rio que se iniciou o processo de internacionalização do Eixo Atlântico, com 5 projetos aprovados e financiados pela Comissão Europeia na Ásia, Canadá e América do Sul.

“O período em que, com extremo orgulho e determinação, liderei os destinos do Eixo Atlântico foi marcante e espero que as bases lançadas nos projetos até aqui desenvolvidos sejam uma plataforma profícua para o destino do Eixo Atlântico com evidentes vantagens para toda a euroregião e os seus cidadãos. Juntos continuaremos sempre a ser mais fortes”, referiu Ricardo Rio.

A Assembleia reconheceu especialmente o esforço na coordenação e o intercâmbio de informação realizado pelo Eixo Atlântico durante o confinamento e as coordenações com o Governo de Portugal e a Xunta de Galicia, para minimizar as limitações dos governos sobre a mobilidade entre populações de ambos os lados da fronteira. De forma particular, valorizou-se a criação das comissões políticas que garantem a participação ativa de todos os presidentes na identificação das ações para sair da crise, assim como uma estratégia conjunta para a gestão dos Fundos Next Generation.

O programa para 2022 aprovado na Assembleia-geral promove um conjunto de propostas em sintonia com a nova política da União Europeia, e seus instrumentos financeiros para o período de 2021-2027. O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, o mapa de coesão social, o Plano de Sustentabilidade Urbana e o Plano de Descarbonização do Sistema Urbano do Eixo Atlântico, estão alinhados com o Pacto Ecológico Europeu, o Novo Bauhaus ou as medidas energéticas que a Comissão Europeia está a desenvolver.

Entre estes, o Eixo Atlântico dá especial atenção aos planos energéticos que melhoram a competitividade e favorecem a redução dos preços da energia, a qualidade do ar e a prevenção da poluição atmosférica, que provoca um elevado número de casos de cancro do pulmão. Da mesma forma, nos próximos meses, será apresentado o primeiro relatório socioeconómico do Eixo, que constitui uma fotografia em alta definição da situação social e económica das nossas cidades e do território após a pandemia.

No âmbito do desenvolvimento económico, continuar-se-á com o diálogo com os governos para melhorar as ligações ferroviárias e a ligação vertical Lisboa-Coruña com a saída sul Vigo e a nova linha ferroviária Porto-Vigo, complementar à linha do Minho. Da mesma forma, verificar-se-á que o AVE galego cumpre todos os parâmetros de um comboio de alta velocidade de última geração. Também se estará atento a que a chegada do AVE não oculte outras necessidades que estão pendentes há muito tempo e que se tornam cada vez mais urgentes.

A digitalização e o turismo constituem atuações prioritárias no programa com o desenvolvimento de conceitos promovidos pelo Eixo Atlântico nos seus 30 anos: o turismo transfronteiriço e o turismo de autor.

Por último, a cultura, a educação e o desporto, âmbitos de identidade do Eixo, contribuirão para a reconstrução do tecido cultural e da coesão social após a pandemia.

Toda esta experiência constituirá o conteúdo das estratégias de internacionalização que promovem a valorização das experiências mais inovadoras das nossas cidades a nível internacional (com especial interesse em cidades da Ásia e América, tanto do Norte como do Sul), bem como a promoção de novos projetos conjuntos cofinanciados pela Comissão Europeia.

O Secretário-Geral, Xoan Vázquez Mao, destacou o facto de após uma crise económica, que afetou Portugal e Espanha de forma singular, e uma pandemia, “o Eixo Atlântico contínua na linha da frente com novos municípios, com mais cidades a solicitarem a sua adesão; com um programa e orçamento consolidados e mais ambiciosos, mesmo acima dos anos anteriores à pandemia, além de sua posição de liderança na Ásia e na América”.

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