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Lançado concurso público internacional para nova ETAR de Braga no valor de 30 Milhões de euros

Lançado concurso público internacional para nova ETAR de Braga no valor de 30 Milhões de euros 19/04/2021

A AGERE acaba de lançar o concurso público internacional para a construção da ETAR do Este, no valor de 30 Milhões de euros. Um investimento prioritário para a AGERE e para o Município de Braga que terá elevados benefícios ambientais e de saúde pública.

O investimento visa reforçar o Sistema de Tratamento de Águas Residuais do Concelho de Braga com a construção da nova ETAR do Este, que drenará para uma outra bacia, a bacia hidrográfica do rio Ave, e terá capacidade de tratamento dos efluentes de cerca de 200.000 habitantes equivalentes. A medida vai assim eliminar as atuais descargas indevidas, constituindo em conjunto com a ETAR de Frossos, a garantia de capacidade de tratamento e de descarga necessárias para o cumprimento da Diretiva Águas Residuais Urbanas no respetivo Sistema.

De referir que a ETAR de Frossos atingiu já o seu horizonte de projeto, quer ao nível de caudais como de cargas poluentes, tendo-se inclusive superado, em determinados períodos, as condições de dimensionamento.

Apesar dos elevados investimentos de ampliação e reabilitação realizados na ETAR de Frossos ao longo dos últimos sete anos (3 milhões de euros), esta apresenta, nas atuais condições de afluência, sérias limitações operacionais.

A construção da nova ETAR vai criar capacidade incremental de tratamento de águas residuais no Município de Braga, para além do contributo para a melhoria da qualidade das massas de água, e incentivará o esforço de aumento da taxa de adesão à rede de saneamento.

Na solução preconizada, a ETAR do Este será equipada com tratamento secundário para remoção de carga de carbono presente no efluente, detendo ainda a capacidade de oxigenação necessária à ocorrência dos processos de nitrificação e de desnitrificação. Em acréscimo, será ainda dotada de desinfeção, garantido um tratamento mais avançado que o secundário.

A construção desta ETAR pressupõe a instalação de uma câmara repartidora de caudais que permitirá a divisão hidráulica, que introduzirá flexibilidade no sistema de drenagem e tratamento, e ainda a construção de um emissário de DN1000 com cerca de 3,7 km.

A implementação deste plano de ação configura uma estratégia de curto prazo com impacto a médio/longo prazo, sem a qual a AGERE teria dificuldades em responder à sua missão principal, colocando em risco a segurança, a qualidade das massas de água, e incumprindo com os objetivos de sustentabilidade que lhe são inerentes.

A nova ETAR permitirá solucionar todos os problemas mencionados, tendo como principais vantagens:

  • Aumento da resiliência do principal sistema de saneamento do Município de Braga;
  • Aumento da capacidade de drenagem e tratamento de efluentes, permitindo acomodar o expectável aumento da taxa de adesão à rede pública de saneamento, o crescimento populacional e a retoma económica do setor transformador;
  • Resolução de debilidades presentes que dificultam a proteção de valores ambientais e conservação da biodiversidade;
  • Divisão dos efluentes atualmente encaminhados para a ETAR de Frossos por 2 bacias hidrográficas distintas (Rio Cávado e Rio Ave);
  • Criação de condições para minimização do risco de operação do sistema, com a introdução da possibilidade de gestão do caudal encaminhado para a ETAR de Frossos;
  • Redução do risco de operação do aqueduto designado de “Túnel”, infraestrutura antiga, cuja função original foi adaptada e que é utilizada para drenagem de uma percentagem significativa dos esgotos tratados na ETAR de Frossos;
  • Redução do volume de efluente descarregado em zona sensível;
  • Redução da pressão ambiental exercida no rio Torto/ribeira de Panóias, curso de água com reduzido caudal estival, onde são descarregados os efluentes da ETAR de Frossos;
  • Prevenção do risco e adaptação a fenómenos decorrentes de alterações climáticas, que poderão incluir cheias/inundações e a intensificação de picos de precipitação;
  • Gestão/monitorização das afluências indevidas aos sistemas, através da constituição de novas zonas de medição e controlo;
  • Promoção de eficiência na utilização dos recursos, pela introdução de tecnologias de tratamento mais evoluídas e que permitam ganhos ao nível do consumo de água e energia elétrica.;
  • Aumento do potencial de reutilização de águas residuais tratadas.
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